Relatório de atividades do Provedor do Estudante do Instituto Politécnico de Viseu 2018 13
Tal como nos anos anteriores, procurou-se acompanhar o seguimento de cada situação, após o
encerramento dos processos, tendo-se mantido o contato com os estudantes envolvidos, por
telefone ou correio eletrónico, de modo a assegurar que as situações apresentadas se
resolveram e que da sua apresentação não decorreram quaisquer tipos de constrangimentos.
A colaboração dos serviços jurídicos do IPV, em particular da Dra. Raquel Cortez Vaz, e do
Secretariado, em particular da Isabel Cardoso e Octávio Silva, foram essenciais para a
organização e resolução dos processos e resposta às solicitações dos estudantes. Também a
colaboração e diálogo com a Dra. Rosa Rodrigues, Diretora dos Serviços de Ação Social do IPV, e
com a Dra. Ana Medeiros, Diretora de Serviços de Planeamento e Gestão Administrativa e
Financeira, facilitaram a ação da Provedoria do Estudante.
Uma referência final ao apoio prestado pelos responsáveis pelas escolas e demais órgãos,
docentes e estudantes, nomeadamente as Associações de Estudantes e a Associação
Académica, que responderam prontamente a todas as suas solicitações, o que facilitou a
intervenção da Provedoria do Estudante e possibilitou a resolução dos processos de forma
célere e tranquila. As Associações de Estudantes tiveram um papel preponderante no
encaminhamento dos estudantes, quando estes manifestaram preocupações que de algum
modo poderiam suscitar a intervenção da Provedoria.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A missão do provedor é zelar pelos legítimos direitos e interesses dos estudantes, em resposta
às queixas e reclamações dos estudantes, de forma independente, livre, autónoma. Trata-se de
uma missão que exige um distanciamento aos atores envolvidos (estudantes, docente e não
docentes), de modo a permitir a imparcialidade e serenidade necessária para mediar e
encontrar soluções conjuntas. É, por isso, difícil encontrar uma forma de intervenção mais
dinâmica que permita potenciar o contributo do provedor do estudante na instituição.
Ao longo do ano, a disponibilidade em locais, contextos e formas escolhidas pelos estudantes e
o esforço contínuo de divulgação, permitiu manter e reforçar a proximidade e a confiança dos
estudantes para com a Provedoria. Esta forma de atuar foi pilar para a relação de confiança
ímpar, entre a Provedoria e os estudantes o que veio a facilitar a resolução de problemas e o
envolvimento em projetos dinamizados pelos estudantes.
Ao longo de 2018, a maioria das questões apresentadas pelos estudantes expressavam
preocupações justas, principalmente de índole académica e pedagógica, que, tal como nos
anos anteriores, quase sempre com a colaboração dos intervenientes, foi possível resolver.
No entanto, continuam a subsistir alguns aspetos sobre os quais importa refletir e procurar
soluções:
(a) as situações reportadas pelos estudantes devem ser encaradas como oportunidades de
melhoria da instituição, o que nem sempre acontece já que muitas das situações apresentadas
à Provedoria decorrem do facto de, numa primeira instância, não se ter percecionado a razão
do estudante;
(b) continuam a existir estudantes que, após apresentarem a sua insatisfação, preferem que
não haja qualquer tipo de intervenção, por recearem que a situação possa piorar. Este tipo de
sentimento é altamente questionável em sociedades livres, democráticas e num contexto de
formação de adultos, e devem ser alterados, provavelmente dinamizando espaços próprios
para a sua discussão;